sexta-feira, 18 de maio de 2012

Fast fashion: ainda mais rápido para lucrar

Riachuelo e C&A dão dicas para sucesso de vendas







As redes de fast fashion têm conquistado espaço cativo entre as lojas preferidas dos consumidores atentos às tendências de moda, como mostra a pesquisa feita, com milhares de pessoas, na edição de dezembro de 2011 da Revista UseFashion.

Agilidade, variedade e preço são os responsáveis por essa preferência. Para que esse mercado continue sendo lucrativo é preciso ser cada dia mais rápido e conectado com tendências globais que antes levariam meses para chegar em determinados lugares. Algumas lojas atualmente estão apresentando novas peças a cada mês ou semana, outras já a cada dia, como nos conta a gerente de marketing da Riachuelo, Marcella Kanner.







Se está entrando tanta novidade é porque também está saindo muita mercadoria. A rotatividade de produtos é muito grande e, se tratando de uma coleção especial com alguma parceria renomada, mais rápido ainda. Segundo a C&A, um exemplo de sucesso foi a linha assinada pela estilista Stella McCartney, lançada em março de 2011, que foi um sucesso de vendas em 38 unidades da rede espalhadas pelo Brasil e também por meio do site da marca. O segredo do sucesso, segundo a marca, é uma estratégia de divulgação bem montada, com informação ao público com antecedência, para que as pessoas interessadas possam se programar e garantir suas peças.

No caso da Riachuelo, que possui indústria própria, quando a empresa nota que uma peça está vendendo bem, já aciona a produção para aumentar a quantidade: “A Riachuelo tem uma grande vantagem competitiva nesse quesito. Temos controle do processo produtivo (a empresa é verticalizada, além do varejo, temos a indústria) e, assim que identificamos alguma peça com a curva de vendas acima do normal, é possível rapidamente repô-la na loja. É o verdadeiro conceito de fast fashion”, revela Marcella.

Agilidade também na mudança de vitrine

Uma vitrine bem feita, com iluminação certa, decoração criativa e peças que correspondam ao desejo de compra dos consumidores pode fazer com que as vendas aumentem em cerca de 72%, conforme a pesquisa do Grupo UseFashion. Segundo Marcella, as vitrines são alteradas em média a cada 15 dias. “Nosso consumidor tem um índice de retorno mensal alto nos estabelecimentos comerciais que frequenta, por isso a necessidade de apresentar sempre novidades”, disse. Já a C&A aposta em pequenas mudanças semanais: “As vitrines seguem as características dos calendários de moda e varejo, além das tendências das estações do ano. Porém novas peças podem ser encontradas expostas semanalmente.”

O que vem na contramão

Num contraponto ao consumo exacerbado e a busca constante por uma tendência da vez, já existem grupos que divulguem um novo estilo de vida, o  “slow fashion”, que indica comprar menos e melhor, além de levar em conta um viés sustentável, ambiental da moda. Riachuelo informa que está atenta, mas ainda não tem estratégia para esse novo estilo. Já C&A diz que se preocupa em oferecer também peças atemporais, caso de camisas e calças de alfaiataria, trench coats, vestidos clássicos, camisetas e calças jeans básicas. “Tais itens podem ser perfeitamente combinados com peças que traduzem as últimas tendências, também disponíveis em nossas araras, com estampas, cortes e materiais que resumem as apostas fashion para determinado período. Acreditamos que a união entre essas duas propostas no guarda-roupa cria o equilíbrio entre o slow e o fast fashion, dando ao cliente a possibilidade de escolher o estilo que mais lhe agrada”, finaliza a assessoria institucional da C&A.

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